Recentemente, um vídeo que circula nas redes sociais chocou muitas pessoas ao mostrar um agente do Segurança Presente agredindo um estudante em frente a uma escola em Magé, na Baixada Fluminense. Nas imagens, é possível ver o policial militar puxando o adolescente, que estava em cima de uma bicicleta, vestindo uniforme escolar e com uma mochila nas costas. O mais preocupante é que durante a agressão, o jovem não esboça nenhuma reação, apenas balança a cabeça e pega o celular na cintura para mexer no aparelho.
Segundo informações da Polícia Militar, o agente envolvido na agressão estava cumprindo serviço pela Operação Segurança Presente. Após a repercussão do vídeo, a Secretaria de Governo do Estado identificou e afastou o policial da operação, encaminhando os acontecimentos para a Corregedoria da PM. A ação violenta do agente gerou indignação e revolta não só entre os estudantes presentes no local, mas também entre a população que presenciou o ocorrido.
Em meio a esse cenário de violência, a segurança pública se torna tema central de debates políticos, principalmente diante das próximas eleições para o governo do Rio, em outubro de 2026. Dois pré-candidatos já despontam como protagonistas nessa questão: o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar. Enquanto Paes defende o projeto de armar a Guarda Municipal, Bacellar busca vincular sua imagem ao programa Segurança Presente, que será ampliado pelo governo estadual.
O projeto de armar a Guarda Municipal, proposto por Paes, pretende criar uma tropa armada dentro da estrutura da Guarda Municipal, com um investimento previsto de R$ 215 milhões no próximo ano. Os guardas terão monitoramento constante por GPS e câmeras corporais, além de obedecerem a ordens de serviço digitais. A previsão é que a primeira turma de guardas armados esteja nas ruas já em fevereiro de 2026, sendo treinados a partir de setembro deste ano.
Enquanto isso, Bacellar intensifica sua presença nas agendas de segurança, buscando fortalecer sua imagem junto ao programa Segurança Presente. Em meio a essas movimentações políticas, a população aguarda respostas e ações concretas que garantam a segurança e a integridade de todos os cidadãos. A violência não pode ser resposta para a violência, e a confiança nas instituições responsáveis pela segurança pública deve ser restabelecida através de medidas eficazes e respeitosas. É preciso promover políticas de segurança que garantam a proteção dos cidadãos sem violar seus direitos e dignidade.