Defendendo paralelepípedos, moradores protestam contra o asfaltamento em ruas no interior de SP e expressam seu senso de preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade de Piracaia. Para os moradores locais, os blocos de paralelepípedos são mais do que simples elementos de pavimentação, são parte integrante da identidade do município.

Os protestos contra a obra de pavimentação ganharam destaque na cidade, com manifestantes carregando cartazes com dizeres como “Nossas pedras são predestinadas” e “Asfalto cobrindo nossa história”. A resistência à substituição dos paralelepípedos pelo asfalto se intensifica, conforme os moradores se unem para preservar a estética e as características únicas das ruas de Piracaia.

Apesar da justificativa da prefeitura em relação à necessidade da obra e garantias de estudos ambientais, os moradores sustentam suas preocupações com possíveis impactos negativos, como aumento do risco de enchentes, acidentes de trânsito e prejuízos ao turismo local. A falta de consulta pública e participação da população no processo de decisão também é motivo de crítica por parte dos manifestantes.

Associações ligadas ao meio ambiente e ao turismo se posicionam contra a obra de asfaltamento, alertando para os possíveis problemas de drenagem e impermeabilização causados pela substituição dos paralelepípedos. A discussão acerca da preservação do patrimônio histórico e paisagístico da cidade ganha relevância, com ações judiciais tentando suspender os trabalhos de pavimentação.

A empresa responsável pela pavimentação, Cepavi, venceu a licitação para o projeto, cujo custo total é de R$ 962 mil, com prazo de até 120 dias para conclusão. A prefeitura reforça a importância da obra para melhoria da mobilidade urbana e sustenta que o asfalto não trará malefícios ao ambiente já estabelecido. No entanto, a resistência dos moradores de Piracaia continua firme, reforçando seu compromisso com a preservação do legado histórico e cultural da cidade.