O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu a atuação da Polícia Civil em relação à prisão do MC Poze do Rodo durante um evento na Glória, na manhã dessa quinta-feira. Castro destacou que a responsabilidade pela detenção do funkeiro foi da Justiça, que concedeu o pedido de habeas corpus posteriormente. O governador também rebateu acusações de que a polícia e o estado estariam tentando criminalizar o funk, enfatizando que a investigação policial foi remetida ao Judiciário, que avaliou os indícios de autoria e materialidade para a prisão do músico.
MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, foi preso pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil. As acusações contra o funkeiro incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico e apologia ao crime. Apesar da prisão, o desembargador Peterson Barroso Simão, do Tribunal de Justiça do Rio, revogou a medida considerando-a desproporcional e criticou a forma como a detenção foi conduzida. O magistrado ressaltou que havia indícios comprometedores no procedimento da polícia.
Durante o mesmo evento, o governador comentou sobre a operação realizada na Rocinha, onde cerca de 400 traficantes armados foram avistados em uma área de mata por um drone do Bope. Questionado sobre um possível vazamento de informações da ação, Castro culpou a polícia do Ceará, estado de onde se suspeita que as informações tenham vazado. Ele destacou a importância de investigar a origem do vazamento para evitar futuras violações de segurança.
As imagens da operação na Rocinha foram divulgadas por uma jornalista do jornal O Globo e mostravam os traficantes fortemente armados fugindo pela mata. A ação visava capturar lideranças de organizações criminosas cearenses que estariam escondidas na comunidade carioca. Apesar da mobilização de 80 agentes das tropas especializadas, não houve prisões e um policial militar ficou ferido durante a operação.
Em relação à prisão de MC Poze do Rodo, o governador Cláudio Castro reiterou seu comprometimento em não criminalizar músicos e enfatizou a importância do trabalho conjunto entre polícia e judiciário para garantir a aplicação da lei de forma justa. A polêmica em torno da detenção do funkeiro levantou debates sobre a relação entre a cultura do funk e a criminalidade, mas Castro ressaltou a importância de tratar cada caso de acordo com as evidências e os princípios legais. O caso do MC Poze do Rodo continua a suscitar discussões sobre o papel da arte na sociedade e as ações das autoridades para coibir atividades ilegais dentro desse contexto.